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Carlos R. Azzoni
[1997]
Sumário: Este trabalho analisa a evolução regional recente da produtividade da mão-de-obra, dos salários e do excedente (valor da transformação industrial menos gastos com pessoal) no setor industrial. Com base no modelo de salários de eficiência de Kaldor, são desenvolvidos indicadores de competitividade para cinco regiões brasileiras: Nordeste, Sul e os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Os dados utilizados provêm de atualização dos dados do Censo Industrial de 1985, com base na Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE, tendo-se criando séries para o perÃodo 1985-1995. Os indicadores desse perÃodo são comparados com resultados de estudo anterior de um dos autores, possibilitando a cobertura de um perÃodo de 26 anos. Os resultados revelam uma retomada da competitividade da área industrial tradicional, com São Paulo revertendo tendência declinante observada até 1985 e Minas Gerais destacando-se com os melhores nÃveis de competitividade entre as áreas consideradas no trabalho. A julgar por esses indicadores, tanto em seus nÃveis como nas suas tendências, a área industrial tradicional do paÃs requalifica-se com grande potencial para receber novos investimentos industriais, tanto no referente a novas plantas quanto ao próprio aumento da produção nas plantas existentes. Os resultados dos indicadores de competitividade não apenas explicam a reconcentração havida entre 1985 e 1995 como apontam conseqüências concentradoras para o futuro.
Abstract: Industry is traditionally highly concentrated in Brazil, but a trend toward deconcentration was in progress from 1970 on. Recent data shows that important changes have occurred, with a reversal inthe previous trend. In this paper a measure of competitiveness for different regions is presented, based on Kaldor's model of efficiency wages. A series of data on manufacturing for the regions is developed, updating the 1985 industrial census. Based on this data, comparative indicators of labor productivity, wages and profitability for 2 digit manufacturing sectors are calculated. The results indicate a sharp reversal in the trend of regional competitiveness, with the industrial core of the country gaining advantage from 1985 on and the poorer regions worsening up their competitiveness. The findings suggest that the reversal in the trend towards industrial deconcentration is solid and point to an increase in regional inequalities in the country in the near future. Some explanatory factors behind this process are discussed.
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