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Steven M. Helfand, Rudi Rocha, Henrique E. F. Vinhais
[setembro 2008]
Sumário: Neste artigo decompomos as variações da pobreza no Brasil rural em componentes de crescimento e de desigualdade de renda entre os anos 1992, 1998 e 2005. O artigo ainda decompõe as variações do Ãndice de Gini e analisa as fontes do crescimento da renda nas áreas rurais. A pobreza rural caiu 15 pontos percentuais neste perÃodo. Mostramos que, diferentemente do que ocorreu no paÃs como um todo, a queda na pobreza rural entre 1998 e 2005 não foi explicada apenas pela queda na desigualdade. O crescimento da renda explicou 40% do declÃnio. A queda na desigualdade neste segundo perÃodo teve como origem a desconcentração dos rendimentos de atividades não-agrÃcolas e de “outras fontes†de renda, uma categoria residual que inclui o Bolsa FamÃlia. Por outro lado, as fontes de crescimento da renda foram variadas neste segundo perÃodo, destacando-se principalmente o crescimento da renda de atividades agrÃcolas e de previdência. Supondo um limite à s transferências de renda, argumentamos que o crescimento pró-pobre torna-se uma condição necessária para a continuidade da queda da pobreza e da desigualdade nas áreas rurais.
Abstract: This article decomposes changes in rural poverty into growth and income inequality components for the years 1992, 1998 and 2005. The article also decomposes changes in the Gini, and analyzes the sources of income growth. Rural poverty fell by 15 percentage points in this period. The analysis shows that, unlike for the country as a whole, the poverty decline between 1998 and 2005 was not solely due to a reduction in inequality. Income growth explained about 40% of the decline. The reduction in income inequality was due to a decline in both the inequality of non-agricultural earnings and in the receipts of “other†sources of income. This residual category includes conditional cash transfers via the Bolsa Familia program. Income growth was mostly attributable to agricultural earnings and social security transfers. Given the constraints on transfers, the article concludes that pro-poor growth in earnings is likely to be necessary for rural poverty and inequality to continue to decline in tandem.
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