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Economia urbana

 

Sob esse título, estão congregados três projetos de pesquisas que se voltam para questões de eficiência e bem estar social nas áreas urbanas com base em métodos e dados pouco usuais na literatura.

Projeto # 16: A taxa de vacância em São Paulo

Nadalin propõe estimar modelos espaciais dos determinantes da taxa de vacância residencial (Gabriel & Nothaft 2001; Wheaton & Torto 1994) na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) com base nos dados do Censo Demográfico de 2000 em nível de distrito, a menor unidade censitária com dados sobre domicílios vagos. Pretende-se dessa forma subsidiar políticas públicas que visem reduzir o déficit habitacional ou alterar seu padrão espacial de vacância caracterizado por maior incidência no centro onde a infra-estrutura de amenidades e urbana, em geral, é mais adequada. A estimação é similar à utilizada nos modelos de preços hedônicos. Supõe-se, adicionalmente, que o mercado é segmentado em nível de distritos e sugerem-se os métodos da econometria espacial para contornar os problemas de externalidades de vizinhança, erros de variáveis ou variáveis omissas que geram dependência espacial.

 

Projeto #17: Criminalidade no Estado de São Paulo

Sartoris propõe analisar a propagação da criminalidade no Estado de São Paulo baseando-se na teoria econômica do crime (Becker 1968) e nos modelos econométricos espaciais (Anselin 1988; Anselin e Florax 1992; e Griffith 1988) aplicados a dados em nível municipal. Esse projeto dá continuidade a trabalhos anteriores (Sartoris 1996, 2000, 2004 , 2005) que se limitam aos dados de homicídio para o município de São Paulo. Os métodos econométricos utilizados incorporarão também a dimensão temporal com modelos do tipo STARMA (space-time autoregressive moving average; Abraham 1983; Pfeiffer e Deutsch; 1980a e 1980b).

 

Projeto #18: Inadimplência no fornecimento de água

Feres em colaboração com Alban Thomas e Arnaud Reynaud, ambos da Université de Toulouse, França, analisa os fatores determinantes da alta inadimplência observada no fornecimento de água aos domicílios no Brasil. Espera-se que a identificação socioeconômica dos beneficiários da inadimplência permita avaliar suas implicações para a equidade e bem estar social e, em particular, a racionalidade de uma política social de subsídios implícitos. Pretende-se, futuramente, aplicar a metodologia na análise da inadimplência de outros setores de serviços públicos (eletricidade, telecomunicação, etc.).

Utilizando métodos dos momentos generalizados não-lineares e simulados (Pakes & Pollard, 1989), estimará modelo econométrico da demanda de água que incorpora, de forma engenhosa, o consumo dos usuários inadimplentes. A base empírica será um painel de dados estaduais no período 1995-2001 obtido dos Censos Demográficos, PNAD e do Sistema Nacional de Informações do Setor Saneamento (SNIS), que registra anualmente as informações operacionais e financeiras das 27 empresas estaduais de saneamento como a tarifa média da água, o volume total faturado aos domicílios e a taxa de inadimplência.

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