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Aglomeração espacial, capital humano e crescimento econômico

 

Três projetos integram essa linha de pesquisa.

Projeto #11: Aglomeração espacial e crescimento

Silva pretende analisar os efeitos da aglomeração espacial sobre o crescimento econômico e vice-versa com base em um painel de dados municipais (áreas mínimas comparáveis) para o Brasil, 1920-2000. Atenção especial será dada aos efeitos da aglomeração sobre a formação de capital humano e sobre o desenvolvimento tecnológico, bem como ao papel do mercado financeiro no processo de aglomeração e desenvolvimento regional. A metodologia baseia-se nos modelos neo-clássicos de crescimento (Solow 1956 e Swan 1956) na especificação feita por Henserson (2000) para estimar os efeitos da concentração urbana sobre o desenvolvimento. Serão utilizados modelos econométricos que supõem dependência e heterogeneidade espacial (Anselin 1989 e LeSage 1999, Abreu et.al. 2004). Ao longo do projeto serão incorporados novas técnicas de estimação (Conley 1999; Conley e Lugon 2002).

 

Projeto #12: Aglomeração espacial e eficiência industrial

O objetivo de Schettini é utilizar os modelos da Nova Geografia Econômica (Fujita et al. 1999, Krugman 1991) para estimar os fatores determinantes da eficiência industrial no Brasil com base nos dados da Pesquisa Industrial Anual do IBGE, 1996-2005, desagregados, geograficamente, em nível de município ou meso-região e, setorialmente, em nível de “Divisão” da CNAE 1.0. A ausência de condicionamentos espaciais significativos para o setor industrial implica que a eficiência industrial assume papel crucial na determinação das vantagens comparativas regionais e, portanto, na formulação de políticas regionais. As estimativas da eficiência industrial e seus determinantes serão subsídios importantes para as políticas de desenvolvimento regional.

As estimativas de eficiência serão obtidas de funções de produção estocásticas (Afriat 1972; Aignier e Chu 1972, Aigner et al. 1977; Meeusen e Van Den Broecker 1977; Battese e Coelli 1992 e 1995). Outra contribuição significativa do projeto será construir uma série anual do estoque de capital municipal do setor industrial com base nos dados de investimentos das empresas agregados em nível municipal e das estimativas do estoque de capital municipal para o ano base de 1966 construídas pelo Nemesis.

 

Projeto #13: Capital humano e crescimento

Andrade pretende explorar as relações empíricas entre desigualdade, educação e crescimento utilizando o painel de dados municipais de 1970 a 2000, período para o qual existem dados de desigualdade de renda em nível municipal. Apesar de consagrada pelo U invertido da curva de Kuznets (1965), a não linearidade da relação empírica entre desigualdade e crescimento é ainda objeto de controvérsias. As teorias subjacentes admitem a não-linearidade mas as relações de causalidade e implicações de política implícitas são radicalmente distintas com alguns advogando crescer primeiro para depois distribuir e outros que a desigualdade inibe o crescimento (Alesina e Rodrick). Estreitamente relacionado, o papel da educação no crescimento é outra questão controversa (Krueger e Lindahl, 2001; Bils e Klenow 2000). Recentemente, Aghion et al. (2004) apresenta evidências favoráveis à relação positiva entre as sustentadas por modelo teórico que contempla a questão da substituição e complementaridade dos níveis de educação, bem como a distância em relação a fronteira tecnológica. O projeto se propõe a testar a não-linearidade da curva de Kuznets e o modelo de Aghion et al. (2004) para a economia brasileira.

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